quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Clássicos da Fronteira Vol.3 por Marco Gaspari

classicos2

folder

O Ano da França no Brasil encerrou sua programação em novembro,
mas como 2009 não acabou acho que ainda cabe uma pequena
contribuição às efemérides, como este

10 polegadas lançado em 1985 por ocasião da XVIII Bienal de São Paulo:

BERTRAND BOLTANSKI BUREN LAVIER SARKIS

LA FRANCE A LA BIENNALE – SÃO PAULO

O disco foi editado pela Association Française d’Action Artistique e a
seleção dos artistas foi feita pelo prestigiado jornalista/crítico de
arte/curador Michel Nuridsany que assim escreve no encarte:

03

11

12

O chato é que quando você pesquisa a respeito desta bolacha na net,
não chega a lugar nenhum. No site da Fundação Bienal é como se não
existisse e fica impossível contar sua historinha já que o disco, apesar
de conter um libreto bem servido sobre os artistas, é um pouco vago
sobre as faixas selecionadas.

Jean-Pierre Bertrand, Christian Boltanski, Daniel Buren, Bertrand Lavier
e Sarkis foram os artistas selecionados para representar a França
naquela edição da Bienal. O libreto traz textos de Michel Nuridsany
sobre eles - em francês, inglês e português - bem como reproduções
de suas obras.
No lado A temos as seguintes faixas:

BERTRAND

05

Un camion freine – Voiture de police – La musique passe

13

14

1985

SARKIS

07

“Sérénades opus II” pour 12 kornemuses a “Ma mémoire est ma patrie”

21

22

23

Kornemuse – Michel Aubry, 1985

(obs: Cornemuse pode ser traduzido como gaita de foles)

BOLTANSKI

06

Reconstitution de chansons qui ont été chantées a Christian Boltanski
entre 1944 et 1946

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16

E no lado B:

LAVIER

10

Madrugada

19

20

Reine de Musette

1985

BUREN

09

L’Indicible

17

18

Texte Daniel Buren

Musique Loupideloupe

1985

(obs: consta que foi feita uma montagem especial do grupo
Loupideloupe para a Bienal, contendo as músicas Drupine e
Chez Pax, com textos de Daniel Buren ditos pelo autor e por
Georges Emmanuel. O grupo é formado por Bruno Courtin no
clarinete baixo, Frédéric Costa no sax tenor, Alexandre Meyer
na guitarra, Frédéric Minière no baixo e Mathieu Saladin na bateria)
BERTRAND

Un camion freine – Voiture de police – La musique passe

1985

Por alguma razão houve repetição da primeira faixa do lado A como
Terceira do lado B.
Como não existe diferença nenhuma no áudio, suprimimos essa
faixa nessa versão em mp3 que pode, como sempre, ser baixada aqui.

04

08

baixe aqui

É isso aí, 10 polegadas de diversão para vocês.

marco
Marco Gaspari é dono da loja Mister Sebo e sabe nada sobre os discos que posta neste blog. Também escreve para a revista poeiraZine.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

MUNDO JAPAHITS DE PB - Brasil - 2009

mundo-japahits

Por umas décadas ficamos totalmente isolados do mundo POP de
outros países e com certeza com Japão não foi diferente.
Tudo que não vem dos países mais óbvios EUA, Inglaterra, França,
Itália e etc tende a parecer extremamente exótico para nós quando
o assunto é o pomposo mundo do POP.
A terra do sushi teve uma cena muito particular recheada de super
stars nos anos 70 que eram conhecidos como IDOLS.
Quase que a maioria esmagadora eram garotas.
No início garotas recatadas e boas moças, até que o duo PINK LADY
resolveu apimentar a cena trazendo sensualidade aos moldes ocidentais.
No fundo elas resolveram assumir que o que o pessoal queria mesmo
era SEXO.

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PINK LADY

Agora, o que pouca gente sabe que no Japão POP dessa época a
industria funcionava de uma maneira bem peculiar.
Existiam as gravadoras que contratavam os compositores e prdutores
e todo cast daquele selo interpretava apenas canções desse time
de "song writers".
Um dos nomes mais famosos e responsável pelo repertório do selo
RCA foi KYOHEI TSUTSUMI, responsável por 6 canções dessa coletânea.
Essa era a maneira como a gravadora tentava manter o controle de
qualidade e suas regras de um tipo de controle mental.

Os rostos dessa juventude cantante foram muitos e infelizmente não
consigo nesse momento dar nome à todos pois as imagens abaixo
foram extraídas das capas de várias coletâneas que comprei curiosamente
não no bairro LIBERDADE de São Paulo, mas na MANCHESTER MINEIRA
também conhecida como JUIZ DE FORA.
Fato curioso pois não houve uma forte migração da colônia Japonesa
por aquelas bandas.
Essas coletâneas que deram origem à essa que apresento são de prensagem
local feitas para a comunidade NIPO/BRASILEIRA.
Com certeza, além de um negócio lucrativo, uma forma de atualizar e
se vincular aos processos culturais contemporâneos.
Infelizmente essas informações ficaram presas à colônia e não se tornaram
realmente populares no Brasil, apesar do primeiro disco do grupo
PINK LADY tenha saído oficialmente em nossas terras tropicais.
Talvez pela fato das meninas serem mais sem vergonhas e mais parecidas
com o gosto brazuka.
É um fato que este post não é nenhum tratado sobre o assunto, mas já é
uma deliciosa mostra dessas garotas sensacionais.
Arreste as cadeiras, prenda os cabelos com os pauzinhos do Sushi e dance
sem parar nessa velha e fresca onda Niponica!

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Tracklist:
01 - shiroi heya/megumi asaoka *
02 - tokimeki/megumi asaoka *
03 - mirai/hiromi iwasaki *
04 - fantasy/hiromi iwasaki *
05 - futari monogatari/zoo
06 - sexy bus stop/yuko asano
07 - moon light taxi/yuko asano *
08 - kiss in the dark/pink lady
09 - refrain/nobora inoue
10 - sukidakara/nobora inoue
11 - monday monalisa club/pink lady
12 - sunshine superman/bibi *

* composições de KYOHEI TSUTSUMI

baixe aqui

yupo-stamp
Post com a colaboração do Mestre Yupo
 
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